Após vivenciar e refletir a música, resolvi usar um espaço no qual poderia expor algumas idéias sem o perigo de perdê-las e ainda colocá-las em discussão para os que por ventura se interessarem em passar os olhos por aqui. Mesmo tendo a música como pesquisa acadêmica e ainda sendo um prático nas horas vagas em que toco percussão, não me coloco na obrigação de fazer mais que debater descompromissadamente assuntos referentes, seja como fã ou mais detidamente. Felipe Araújo
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Saudade da Terra e de Gonzagão
.....Tem coisas que não há como se explicar. Estava eu morando lá na Espanha, comprei um violão velho e surrado numa loja de usados para continuar tocando "o meu roquezinho antigo que não tem perigo de assustar ninguém". Nada de novo no front.
.....Eis que nós, brasileiros, resolvemos organizar, em junho, uma festa junina. Organizamos, foi fantástica e um fato novo se procedeu.
.....Era o ano 2000 em ponto. Bira, um baiano, teve que ir embora mais cedo e deixou comigo uma caixa de CDs do Luiz Gonzaga. Eu, na minha inocência, resolvi escutar alguma coisa. Foi o fim!!! O Rei do Baião penetrou no oceano mais profundo do meu ser e suas canções de êxodo e saudade da terra natal me arrebataram e foram a própria concretização do que era o Brasil, para mim. Hoje nem sei em que lugar o Gonzagão está na minha vida, se é um locus musical, um estilo de vida ou a trilha sonora de alguns momentos magníficos. Sei que quando ouço aquela sanfona tocar, eu enlouqueço, não consigo ficar parado.
.....Vale lembrar, depois de Gonzaga comecei a me aprofundar em percussão e hoje, além do roquezinho antigo e da (para mim) difícil MPB, tem sempre o momento do pandeiro, da zabumba e do triângulo que, na falta de explicação melhor, pode resumir todo um Brasil.
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