quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Raul: o grande trunfo do xadrez


Sou amante e fã das canções do sábio Raulzito. Sou capaz de dizer que gosto de todas as músicas, ainda que estivesse mentindo para mim mesmo. Seja como for, se tem alguma canção do Maluco Beleza que eu não goste, jamais irei assumir.

Porém hoje, mais de 20 anos depois que me tornei, ainda criança, fã incondicional da máxima "Toca raul", quando escuto suas canções o que toca o meu coração é uma outra toada.

Quando moleque, passava meus dias, minhas horas e meus minutos lendo livros sobre Raul Seixas; interpretando e reinterpretando suas canções. Não abri todos os baús nem desvendei todos os enigmas e ainda me impressiono nos momentos em que sem querer acabo descobrindo um sentido que jamais havia pensado. Seja como for, já não me debruço na tentativa de compreensões de faixas difíceis de analisar por fazerem parte de mim mesmo.

O fato é que se Raul Seixas antes era atitude, agressão, iniciativa, confronto com algumas ordens que ele próprio rompeu mas que ainda servia às minhas pretenções, hoje Raulzito para mim é pura melancolia. Eu seria capaz de chorar ouvindo Raul. Não porque ele tenha canções tristes, mas porque cada álbum me lembra exatamente isso: um momento da vida em que ele era uma das minhas maiores preocupações. Detalhe, meu sonho era montar um fã-clube do Maluco.

Ou seja, Seixas me lembra uma época em que tudo era mais simples. Pode ser nostalgia, saudade da infância ou simplesmente constatação da dureza da vida adulta e os reais problemas que a vida real possui. Quando ouço Novo Aeon vejo a mim mesmo guri, empolgado, vivendo cada faixa em cada dia que se passava. Por isso Raul é ainda mais emocionante para mim nos dias de hoje. Toca raul.

Eu nunca cometo pequenos erros; Enquanto eu posso causar terremoto; e das tempestades já não tenho medo, acordo mais cedo; um moleque maravilhoso

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