Após vivenciar e refletir a música, resolvi usar um espaço no qual poderia expor algumas idéias sem o perigo de perdê-las e ainda colocá-las em discussão para os que por ventura se interessarem em passar os olhos por aqui. Mesmo tendo a música como pesquisa acadêmica e ainda sendo um prático nas horas vagas em que toco percussão, não me coloco na obrigação de fazer mais que debater descompromissadamente assuntos referentes, seja como fã ou mais detidamente. Felipe Araújo
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Nara Leão e o poder da voz em 67
No filme “Uma Noite em 67” – que trata sobre a final do Festival da Canção Popular da Record de 1967 – tem uma parte nos “Extras” que se refera à canção “A Estrada e o Violeiro”, interpretada por Nara Leão e Sidney Miller. A pergunta do documentarista sobre essa música é algo do tipo “como é possível uma canção tão longa se classificar para as finais do festivai?”, ao que os arguídos – ninguém menos que Solano Ribeiro, Zuza Homem e Ferreira Goulart – respondem sem pestanejar que o poder da melodia no festival se deveu à Nara Leão. E efetivamente, ouvindo e vendo as imagens, é possível perceber o quanto a voz dela era superior ao de seu parceiro de música e, provavelmente, de quanto sua interpretação ressoa belissimamente como talvez nenhuma outra foi capaz dada as condições técnicas de equipamentos projetados para um público grande e ao mesmo tempo para a televisão. Sua voz soa linda, limpa, suave e poderosa. Posso dizer que passei a entender o que se fala de Nara Leão definitivamente depois de ver estas imagens, em que uma voz tão imponente sai de uma mulher tão miúda. Impressionante.
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